domingo, 17 de julho de 2016

O Cortiço



O Cortiço - Aluísio Azevedo
Por Danielle Seffair Salles

Aluísio de Azevedo

Nasceu em São Luís, Maranhão em 14 de abril de 1857;
Foi escritor, romancista, contista, cronista, diplomata, caricaturista, jornalista, bom desenhista e discreto pintor;
Escreveu folhetins romanescos e romances naturalistas;
Foi considerado o primeiro romancista e pioneiro do naturalismo no Brasil;
Fundados da cadeira número quatro da Academia Brasileira de Letras;
Em 1888 publica seu primeiro romance; “Uma lágrima de mulher” passando a sobreviver como escritor;
Morre em Buenos Aires em 23 de janeiro de 2013 quando era vice-cônsul do Brasil.
Escreveu sobre temas: preconceito de cor, classes menos privilegiadas, adultério e o vício.
Considerado o percursos do Naturalismo no Brasil tendo como principais livros:
O Cortiço -  1890
Casa de pensão – 1884
O Mulato – 1881
 
A obra: 
  • Tem 23 capítulos e foi publicada em 1890;  
  • Romance de Tese (com foco narrativo em 3 pessoa);
  • É narrada em 1 pessoa por um narrador que tem controle da obra;
  • Não há data precisa mas é possível perceber que os fatos acontecem no Brasil, no fim do século XIX na cidade do Rio de Janeiro;
  • Representação do capitalismo;
  • No cortiço ao autor representa todo tipo de gente: malandros, lavadeiras, mulheres da vida, assassinos;
  • Romance social sendo o Cortiço o gerador de toda a trama;
  • Tema: ambição e exploração do homem pelo próprio homem;
  • Enfatiza a força dos instintos;
  • Teoria do Determinismo – que o homem é corrompido pelo meio;
  •  Espaços: Os cortiços, a pedreira, o sobrado do Miranda e o bar;
  •  Naturalismo compara o homem e animais (machos e femeas);  
  • Enaltece o português, sempre com boas qualidades e corrompido pelo meio ou pelos brasileiros.
 A História:

O livro tem como enfoque principal O CORTIÇO, lugar de muitas pessoas e lugar vivo dentro da dinâmica da história. O CORTIÇO é o personagem principal dando unidade a todo o livro e retratando a realidade carioca do final do século XIX>
Fala sobre a luta de moradores que passam pelas mais diversas situações para sobreviver.
Apresenta a aristocracia com os personagens João Romão e Miranda, o primeiro constrói o cortiço com dinheiro ganho de forma desonesta e mesmo com grande quantia deseja melhor posição social que inveja de Miranda seu vizinho e opositor ao longo do livro.
Depois de muitos acontecimentos o final irônico pois Bertoleza que trabalha a vida inteira para enriquecer João Romão se suicida com uma faca de cozinha ao perceber que será levada para seu antigo dono e no mesmo momento João Romão ganha um certificado de defensor das causas ...

 Resumo do Livro:


João Romão é um comerciante do subúrbio carioca português e branco ele reúne todas as suas economias e faz inúmeros sacrifícios pessoas como por exemplo comer as piores frutas da horta para vender as mais bonitas para comprar seu estabelecimento e tentar enriquecer.
João acaba se relacionando com Bertoleza uma ex escrava que havia fugido de seus antigos senhores e ela possuía uma quitanda e tinha algumas economias também.
Exercendo sua ambição sem limites ele engana a moça e com suas economias compra um pedaço de terra aumentando sua propriedade.
Para que Bertoleza não ficasse desconfiada ele mostra a ela uma falsa carta de alforria supostamente comprada por ele.
O tempo passa e João continua com vontade de enriquecer a todo custo, ele faz com que Bertoleza trabalhe sem folga dia a dia.
O protagonista através dessa estratégia acaba comprando mais um pedaço de terra e construindo três casas muito simples para alugar.
Logo, as casas são alugadas e o português que representa o capitalismo voraz vê os lucros aumentarem
Com isso aumenta também o número de casas construídas por ele e o local acaba se tornando um cortiço;
Até que um dia um português o sr. Miranda vem morar ao lado da casa de João Romão.
Miranda era um homem de posses e tinha a imagem de pertencer a uma classe social mais elevada que a maioria das pessoas;
Miranda não gostava de Romão e invejava a sua condição econômica;
O cortiço tinha todo tipo de gente, havia malandros, benzedeiras,  mulheres da vida, assassinos e havia também uma lavadeira cujos filhos não tinham semelhança um com o outro;
No cortiço morava também a mulata dançarina Rita Baiana que estava envolvida com Firmo o malandro e capoeirista valentão do local. 
Na ocasião de uma festa Rita Baiana dança e o personagem Jerônimo empregado de Romão quase enlouquece de ver o gingado da moça
Firmo impregnado de ciúmes parte para a briga com Jerônimo e Jerônimo acaba sofrendo as consequências de lutar contra um capoeirista e tem a barriga aberta por uma navalha
Fato foi que outro cortiço surge na rua também e os moradores do cortiço de João Romão apelidam o outro cortiço de cabeça de gato enquanto que os moradores do cabeça de gato chamam os moradores do cortiço de Romão de carapicus
Um feito trágico acontece e Firmo é morto por Jerônimo, esse vai para o hospital após a briga com Firmo e depois prepara para ele uma emboscada
Na tocaia Firmo é morto com pauladas e Jerônimo foge com Rita Baiana deixando sua esposa para trás
Após o homicídio o clima entre os dois cortiços torna-se perigoso; 
Firmo tinha ido morar no cabeça de gato e após sua morte os moradores desse cortiço querem se vingar do pessoal do carapicus
No entanto varias residências do cortiço de João Romão pegam fogo
O clima tenso dá lugar ao pesar das perdas e a rixa entre os cortiços desaparece
A reconstrução do cortiço ocorre sem maiores problemas porque Romão possui bastante dinheiro e por falar em dinheiro agora que ele estava bem das finanças o português queria concretizar um antigo sonho que era casar com uma mulher que fosse fina e educada
Ele faz suas investidas na filha de Miranda chamada Zumira, Romão recebe a ajuda de Botelho – homem que vivia na casa de Miranda e que tinha o seu apreço
Botelho cobra dinheiro do português sobre o serviço de amenizar os obstáculos do caminho para a conquista de Zumira
De fato a tentativa dá certo e a união está arrumada entre a filha de Miranda e João
Tanto os interesses de um quanto os interesses de outros foram levados em consideração nessa negociação de casamento
E Bertoleza? O destino da ex escrava foi muito duro, para livrar-se dela João Romão a denuncia na forma de um aviso para seus antigos senhores
Como Bertoleza havia fugido ela é de direito dos antigos senhores a posse dela como escrava
Quando ela percebe a chegada da policia e o que estava para acontecer ela se mata com uma faca com q qual limpava o peixe que seria servido na refeição para João Romão
Por ironia do destino João Romão recebe o titulo de sócio benemérito que estava envolvido com a causa abolicionista  
Para pegar o powerpoint mais completo para apresentações é só solicitar que envio dani_seffair@hotmail.com